Guadalupe Store, Bom Retiro, São Paulo. Fonte: Hypebeast
Em tempos de compras online e suas facilidades, por que escolher ir até a loja comprar o seu próximo tênis?
Talvez este caso não se aplique a todos. Com as dimensões do Brasil, sabemos que para muitos esta opção sequer existe. A verdade que ao sair do eixo Rio-São Paulo, infelizmente ainda pouco contamos com opções de lojas físicas.
De fato, a venda online realmente trouxe democratização no acesso e oportunidade a todos em garantir um par que tanto deseja. É verdade que o serviço ainda precisa melhorar, e muito, seja pela já conhecida ineficiência dos Correios, ou então pela prestação de um serviço com preço nem sempre tão convidativo, além de atrasos, roubos e até caixas amassadas (Alô marcas e revendedores, quando veremos o padrão double box!!!).
Galeria do Rock, em São Paulo, conta com inúmeras lojas
Como já disse em outro texto, sou de um tempo que não havia venda através do site oficial da Nike, coisa impensável para os dias de hoje. Apesar disso, no início sempre optei por comprar online onde era possível, como Netshoes, Artwalk e por aí vai. Nestes casos, a comodidade sempre falou mais alto. Caçar virtualmente um par, mesmo que não tenha dinheiro para tanto, acabou virando um hábito quase que diário. #windowshopper
Entretanto, sempre a partir de uma curiosidade, principalmente com a vontade de conversar com alguém que entendesse do “assunto”, comecei a frequentar quase que semanalmente as chamadas sneakershop. E aí que a experiência mudou por total.
Para quem é sneakerhead ou gosta de tênis além do padrão comum, é disso que se trata. EXPERIÊNCIA. Não se trata apenas de ir até a loja, comprar um tênis e ir embora. O processo todo é algo que fascina.
Your Id, na praça Benedito Calixto, em São Paulo. Fonte: Hypebeast
Além, claro, de ter aquela sensação única de experimentar o tênis na própria loja, o relacionamento e contato por quem faz uma loja funcionar é o atrativo mais legal. Falando por mim mesmo, quando você conversa com vendedores que realmente entendem do assunto, é como se sentir em casa. A conversa e a troca de conhecimento são de igual para igual e no mesmo nível.
foto do @leoniodas_silva em dia de lançamento do Air Jordan 1 'Shadow' na Artwalk
Claro que o vendedor, acima de tudo, está ali para vender o tênis, ganhar sua comissão e fazer a loja faturar. Mas não se resume a isso. Principalmente pra quem não tem tanto conhecimento, o vendedor é peça fundamental para guiar a compra. Ele será a pessoa responsável em ajudar a escolher o par certo, seja por uma necessidade específica ou para te dizer o que aquele modelo representa ou a história por trás.
Mesmo para aqueles com algum conhecimento, o vendedor por vezes é importante para te mostrar aquele par que não estava no seu radar ou mesmo para te informar sobre um lançamento ou promoção. Ou seja, sem ele a engrenagem não funciona.
E não menos importante, lojas são determinantes tanto para vinda de lançamentos exclusivos, seja pelo acesso de contas exclusivas com as marcas (exemplo como a Guadalupe e Adidas Constortium ou Cartel 011 com a Nikelab), como pela promoção de eventos voltados para cultura sneakerhead, como tantos já realizados pela Artwalk, YourID ou Maze, agora com o seu Maze Fest.
Assim, ao final penso que tudo isso só acontece com o suporte local de nós, clientes/consumidores. Não que a compra online precisar ser evitada, longe disso, mas a experiência de ainda ir até a loja, desde a programação do dia de visita até o momento de sair com sacola na mão (ou não), nada irá ser superado por qualquer comodidade e facilidade.
E você, qual meio prefere? Conte sua experiência!
Autoria do texto: Vinicius Brandão (@vi.brandao).