Continuando as apresentações das marcas que estão em ascensão no cenário nacional, chegamos à Sufgang, marca de São Paulo de muita expressão nacional, uma das mais conhecidas. Nossa entrevista contou com a presença do fundador, Bruno Sena, que mostrou um pouco do o que é a Sufgang.
SC: Como começou a sua história com a moda, mais especificamente com o Streetwear?
SUF: Então, basicamente eu comecei meio que no skate, tipo, gostava muito de skate e cresci nesse meio. Aí eu comecei a pensar assim, por que eu não pego e faço algo ao invés de você ficar palpitando na marca alheia? Então comecei a fazer as peças, eu peguei e fiz a primeira camiseta. Eu não sabia nada e fui fazendo, fiz acho que cinco camisetas e comecei a usar com a logo bem no peito e a galera que andava comigo queria também. Foi aí que comecei a vender, por R$20,00 as camisetas. Comecei a estudar mais sobre sobre o tecido, sobre as tintas e foi então que, do nada, virou a chave na minha cabeça que eu só queria me dedicar à marca. Eu tinha 16 anos na época, larguei a escola para seguir o meu sonho e foi nesse tempo que ,tipo, estudei muito, aprendi muita coisa, eu conheci muita gente, ouvi muita gente mais velha, foi um trampo pra chegar onde está hoje.
A Empeso foi uma das pioneiras no cenário, mas o antigo dono desanimou e parou o processo. Antes de eu começar a Sufgang eu já entrava em contato com o dono da Empeso falando que a gente ia fazer uma colab, depois de muitos e muitos anos eu falei com o dono para comprar a Empeso. Em 2019, eu queria muito comprar, então fui falando com ele e comprei a marca, lancei um drop e com isso a marca voltou para mostrar que a Empeso ainda estava viva.
SC: Por que você começou a sua marca?
SUF: Quando eu andava de skate, sempre olhava as roupas e pensava em mudar alguma coisa, uma cor, um tecido, então pensei, por que em vez de somente falar eu não faço também? E foi ai que tudo começou. Na minha casa mesmo, toda a produção.
SC: O que você quer passar através da sua marca?
SUF: Mudar a geração, mostrar que tem como fazer a diferença no mundo sendo do Brasil. Mostrar mesmo que tudo da pra conquistar.
SC: Qual o seu sonho com a marca?
SUF: Abraçar todas as marcas, mostrar que todos tem como chegar lá.
SC: Quais são as suas maiores referências no mundo da moda?
SUF: Kanye West, ele já fazia muitas coisas que eu já planejava e produzia mesmo, Virgil Abloh, Matthew Williams.
SC: Não podemos deixar de fora, Nike ou Adidas?
SUF: Ai você me pega, no momento to mais na Nike, mais pelos Air Max 98, corta vento, as peças vintage da ACG.
SC: Time do coração?
SUF: Santos, sou peixão.
SC: Pelo menos uma marca nacional referência e uma marca mundial?
SUF: PACE, Nike ACG.
SC: O que você acha da atual cena de moda street no Brasil?
SUF: O mercado está crescendo muito e tem que crescer cada vez mais, porque quanto mais tiver, melhor. A moda nacional tem muito potencial, focando na nossa cultura mesmo, com o funk e o rap que é uma cultura nossa, misturar as qualidades gringas com a nossa cultura é o objetivo e acho que isso devia ser o objetivo de geral. Misturar Juliet com ACG.
SC: Qual a sua próxima coleção, quais peças estão por vir e quais peças vocês acham que o pessoal vai ficar maluco vendo?
SUF: Vai ter um drop feito de uma forma diferente, vai ter shoulder bag, vai ter puff, mala de ferramenta, tudo com uma estética diferente, a que foi mais sucesso é a camisa com a minha foto de formatura do 9 ano com as tattos, vai ter umas calças jeans, calça cargo, boné estilo esportivo e também, vai ter uma qualidade mais diferenciada, com tecidos importados.
Da Empeso ainda estou meio off, mas eu quero vir com uma estética de rua mesmo, vai ser bem diferente da Sufgang, a marca é mais hard, mais pesada, então quero continuar com a identidade da marca mesmo.
SC: Qual o seu tênis favorito hoje na coleção?
SUF: Air Max 98 Supreme Black, Yeezy 450, Yeezy Foam Runner.
SC: E o seu Grail?
SUF: Air Force Vlone.
Esse foi mais um episódio da apresentação de marcas nacionais que você precisa conhecer. Continue nos acompanhando por aqui e em nossas redes sociais, que tem muito mais por vir.